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sábado, 14 de maio de 2011

Senador Magno Malta quer ouvir o Brasil Sobre a polêmica da PL 122

O senador Presidente da Frente Parlamentar Mista Permanente em Defesa da Família propôs na Comissão dos Direitos Humanos audiências públicas para ouvir todos os segmentos religiosos e sociais do Brasil sobre a PLC 122/06.

Na reunião da comissão dos Direitos Humanos, com o impasse em torno da PLC 122/06, conhecida como Lei da homofobia, fez com que a relatora, Marta Suplicy (PT-SP), retirasse a proposta da pauta para ampliar o debate com os senadores contrários ao texto. Em seguida, o senador Magno Malta (PR/ES) “propôs um debate mais amplo, com audiências públicas em todo o Brasil para ouvir budistas, católicos, espíritas, evangélicos e todas as linhas filosóficas e sociais, pois este assunto não pode ficar resumido a poucas vozes”, falou Malta sob aplausos dos demais senadores.
 A complexidade do projeto de lei traz tópicos polêmicos, como: punições para quem impedir manifestações de afetividade entre pessoas homossexuais em locais públicos, quem recusar ou sobretaxar a compra ou a locação de imóveis em razão de preconceito, ou quem, pelo mesmo motivo, prejudicar recrutamento, promoção profissional ou seleção educacional e até punir quem expressar ou publicar texto afirmando que homossexualidade é pecado.
 Magno Malta (PR-ES) fez pesadas críticas ao texto: “Se você não der emprego para homossexual, você vai preso. Se você demitir, vai preso. Se você não admitir, também tem cadeia para você. Se você não aceitar gesto afetivo, também tem cadeia. Querem criar um império homossexual, uma casta diferenciada no Brasil. O que precisamos é respeitar essas pessoas.”
A Sessão na Comissão de Direitos Humanos ocorreu em clima de debate democrático. Mas do lado de fora, durante a entrevista coletiva da senadora Marta Suplicy, o tempo fechou entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) e a senadora Marinor Brito (PSOL/PA) que trocaram acusações verbais e quase foram para a agressão física.


O deputado Jair Bolsonaro exibiu um panfleto “antigay” durante a entrevista que a parlamentar, relatora da matéria, concedia no corredor das comissões do Senado. A atitude de Bolsonaro irritou a senadora Marinor Brito que iniciou a confusão dando um tapa nas mãos do deputado do PP, na tentativa de arrancar o panfleto exibido por ele. “Tira isso daqui, rapaz. Me respeita!”, advertiu Marinor, batendo no panfleto de Bolsonaro.
Diante do “barraco” montado pela senadora Marinor, a relatora Marta Suplicy parou a entrevista e saiu de fininho deixando o ambiente. A imprensa nem percebeu a fuga de Suplicy e registrou o bate boca ente a senadora e o deputado.


Muito gripado, mas sereno e com a consciência do dever cumprido, logo após os tumultos, em seu gabinete, Magno Malta explicou que não foi ele que suspendeu a sessão. “Foi a própria Marta Suplicy que percebeu que não tinha clima para uma decisão importante. Assim, com mais tempo para o debate, estou querendo fazer o que já deveria ter sido feito, ouvir o Brasil, saber o que pensa a família brasileira. No parlamento somos poucas vozes para decidir uma questão polêmica. O desserviço prestado a  nação pelo Supremo Tribunal de Justiça já causou uma comoção. Quero começar já com as audiências públicas para um debate amplo, democrático e atravessar as fronteiras das religiões e das filosofias entrando no coração da família brasileira, ela sabe o que é melhor.


Dando o verdadeiro sentido da democracia participativa, o senador que a interação da população neste assunto. “Não vou defender os interesses das famílias meramente por questões pessoais, é muito mais, quero representar o pensamento da maioria que defende os bons costumes, a moral, a ética e a segurança que garantam a estrutura familiar”, finalizou Magno Malta.
Assessoria de Imprensa
Renato Paoliello

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